O livro Corpos Mutantes mostra como a partir do culto pelo corpo, o homem busca modificá-lo. As tecnologias surgem então como um meio para satisfazer esta necessidade, de forma cada vez mais radical, por meio de cirurgias, seja por saúde ou mesmo na busca pela beleza. Outro dia li o artigo abaixo que trata das tecnologias e como eles podem melhorar o desempenho do corpo humano, fazendo, contudo, algumas ressalvas:
“De todas as melhorias que a tecnologia pode trazer ao corpo, a mais controversa é a instalação de circuitos no cérebro. Aplicados em pacientes com mal de Parkinson, o implante melhorou o funcionamento cerebral em alguns pacientes. O resultado levantou a questão: pessoas sem distúrbios podem usar a técnica? "Apesar dos avanços nos estudos, indicar essa técnica está longe de ser uma realidade. É muito polêmico tirar conclusões neste momento", diz o neurocirurgião Erich Fonoff, da Faculdade de Medicina da USP.”
Muitas pessoas buscam nas tecnologias a cura para alguma doença ou para ter uma forma mais saudável, todavia, muitas pessoas, inclusive os jovens, buscam nela uma solução para alguma insatisfação que tenham com seu corpo. Tentam corrigi-lo ou buscam um modelo ou imagem que julgam perfeitos ou que a sociedade lhes mostra como perfeita.
Assim o corpo mostra-se como algo inacabado e em constante mudança para algumas pessoas, embora para outras por necessidade. A atriz Mullins ao falar sobre o uso de prótese que tem nas duas pernas, neste mesmo artigo, respondeu:
“As pessoas têm me chamado de tudo: transumana, pós-humana, ciborgue. Alguém que usa lentes de contato é um ciborgue? Se considerarmos que um celular ou uma tesoura são próteses, no sentido de que eles aumentam nossas capacidades, nós somos ciborgues quando os usamos?”
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